segunda-feira, 7 de junho de 2010

PMDB está dividido entre Beto, Osmar e Pessuti

Romanelli: política em blogs?

A executiva estadual do PMDB se reúne na próxima segunda-feira (7) para colocar as cartas na mesa das negociações internas para as eleições de outubro. Dois grupos irão se enfrentar neste momento de definições.

Um é formado pelos aliados do governador Orlando Pessuti (PMDB), que se sentiram contemplados com o resultado da reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anteontem, em Brasília, onde foi reafirmada a candidatura à reeleição.

O segundo grupo está sob a influência do ex-governador e pré-candidato ao Senado, Roberto Requião, mas tem uma subdivisão, formada pelos deputados liderados pelo deputado Luiz Claudio Romanelli.
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* 03/06/2010
Pessuti fala com todos, mas segue candidato

Uns preferem aliança com o PDT do senador Osmar Dias. Outros acham que a melhor saída é uma coligação de apoio ao ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB).

Na executiva estadual, em que pese o fato de Pessuti ter conquistado aliados desde que assumiu o governo do Estado, em abril, Requião ainda detém a supremacia.

Mesmo no diretório estadual, entre os seus 70 membros, mais o líder da bancada, que é também o presidente do partido, deputado Waldyr Pugliesi, a avaliação interna é que o ex-governador ainda tem a maioria dos votos, apesar de Pessuti ter aumentado seu poder de fogo ao integrar alguns convencionais à sua equipe de governo.
Daniel Caron
Requião: controle do partido.

Na reunião será marcada também a data da convenção do partido, em que a decisão sobre como se dará a participação na eleição pode ser tomada pelos 75 membros do diretório ou pelos dezessete integrantes da executiva.

Vice-presidente estadual do partido, Romanelli disse que o estatuto do partido prevê que as candidaturas majoritárias e alianças devem ser deliberadas pela Comissão Executiva estadual.

Se a decisão couber à Comissão Executiva, a última palavra caberá a estes peemedebistas: Pugliesi, Romanelli, Nereu Moura (2.º Vice-presidente), Alexandre Curi (3.ºvice-presidente), João Arruda ( Secretário-geral), Antonio Anibelli Neto (Secretário Adjunto), Hudson Calefe (Tesoureiro), Marcelo Almeida Isaias Decker, Elza Correia, Ademir Bier (vogais), e o suplentes Moisés Pessuti, Teruo Kato, Sérgio Ricci e Jonas Guimarães.
Fábio Alexandre
Pugliesi: decidir ou decidir.

O ex-presidente da Celepar, Wanderley Iensen, morto na quinta-feira passada, será substituído na Comissão. Se forem medir forças, os deputados levam a melhor.

Porém, entre eles, alguns estão com Requião na tentativa de levar o PMDB a compor com o PDT e PT. Porém, Requião ainda não se deu ao trabalho de procurar o senador pedetista para expor sua tese. Arruda, secretário geral do PMDB, é que levou a posição de Requião a Osmar. A conversa não se estendeu.

“Se o Requião quer um acordo com o senador Osmar Dias, ele está atrasado um ano”, disse Romanelli que, a pedido do ex-governador, conversou com o senador pedetista sobre o assunto, no início deste ano.

Mas o encontro não teve desdobramentos. Para o vice-presidente do partido, tanto Requião como Pessuti devem ser convocados a participar da próxima reunião.

“Chegou a hora de descer do Olimpo e vir falar com o povo”, provocou o deputado. Para Romanelli, não há mais tempo, nem paciência, para que as principais lideranças do partido discutam o futuro do PMDB pela internet. “Política não se faz em blogs e no twitter”, atacou.

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