O candidato do PDT ao governo do Estado, senador Osmar Dias, se reuniu ontem com prefeitos do PMDB das regiões Oeste e Sudoeste do Estado. O encontro contou ainda com a participação do ex-governador e candidato ao Senado, Roberto Requião (PMDB), dos deputados estaduais peemedebistas Nereu Moura e Caito Quintana, que têm base eleitoral nessas regiões. O objetivo da reunião foi “aparar as arestas” das disputas localizadas entre PMDB e PDT e garantir o engajamento dos prefeitos peemedebistas na campanha de Osmar.
No início da semana, Moura e Quintana manifestaram preocupação com a falta de interlocução entre o comando da campanha da coligação que apoia Osmar, com os prefeitos do PMDB dessas regiões. Em muitos municípios do Sudoeste e Oeste paranaense, PMDB e PDT são adversários. Para evitar problemas, Osmar já se comprometeu a não fazer campanha nas eleições municipais de 2012 onde a base aliada estiver dividida.
Com o encontro de ontem, o comando de campanha do candidato do PDT garante que esses temores foram superados. E que os prefeitos não só ficaram satisfeitos, como se comprometeram a manter o empenho na campanha de Osmar. A ordem é respeito e convivência em prol do projeto conjunto de eleger o próximo governador.
De acordo com a assessoria do candidato, cerca de 70 prefeitos participaram do encontro. Além do PDT de Osmar e do PMDB, a coligação inclui ainda PT, PSC, PR e PC do B. Ao todo, esses partidos detém o comando de 242 dos 399 municípios do Paraná. E o apoio dos prefeitos vem sendo apontado pelo próprio candidato como fundamental na campanha para o governo. “Todos me perguntam por que perdi em 2006. Perdi porque não tinha ao meu lado o PMDB, o PT e os outros partidos que hoje estão conosco. Não se vence eleição sem apoio dos prefeitos. E os prefeitos terão as portas abertas no meu governo”, disse Osmar em evento de campanha em Curitiba na noite de quarta-feira ao lado da candidata do PT à Presidência, Dilma Roussef, que reuniu mais de 200 prefeitos.
O candidato do PDT tem lembrado, nas reuniões de campanha, que a diferença da eleição deste ano para a de 2006 é que na última ele tinha o apoio de apenas 29 prefeitos. “Agora, só do PMDB, são cerca de 180”, compara.
Uma das grandes apostas do principal adversário de Osmar na disputa pelo governo, o candidato do PSDB, Beto Richa, é justamente tentar atrair prefeitos dos partidos da coligação que apoia o pedetista. Caciques tucanos chegaram a prever que “pelo menos 40%” dos prefeitos do PMDB deveriam abrir dissidência para apoiar Richa. Até agora, porém, com exceção de defecções pontuais, essa dissidência em massa não tem se confirmado. Pelo contrário, o engajamento não só do ex-governador Roberto Requião, quanto do governador Orlando Pessuti – principais lideranças peemedebistas do Estado – na campanha do senador pedetista, praticamente afasta o risco de uma debandada em favor do tucano. Não por acaso, Pessuti foi um dos mais festejados no evento de quarta-feira à noite com Osmar e Dilma. E na ocasião, garantiu que entrará “de cabeça” na busca por votos para o candidato da coligação. A decisão de Pessuti de desistir de ser o candidato próprio do PMDB ao governo foi responsável direto pelo fechamento da aliança PDT-PMDB-PT, que garantiu a candidatura de Osmar à sucessão estadual.
Roteiro — Nesta sexta-feira, Osmar faz campanha na região metropolitana de Curitiba, passando por Rebouças, São João do Triunfo, Porto Amazonas e Balsa Nova, além de visitar a Feira de Sabores do Paraná, no Parque Barigui, na Capital. No final de semana, ele segue para um novo roteiro no interior do Estado, passando por municípios dos Campos Gerais.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
REUNIÃO COLOCA FIM A DUVIDAS SOBRE PREFEITOS
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